quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
O MOVIMENTO "SLOW FOOD"
Há um grande movimento na Europa chamado "Slow Food", que está se espalhando pelo mundo. A “Slow Food International Association”, cujo símbolo é um caracol, tem a sua sede na Itália. O que o movimento Slow Food preconiza é que se deve comer e beber com calma, dar tempo para saborear os alimentos, desfrutar da sua preparação, em família, com amigos, sem pressa e com qualidade. Vale conhecer o site - www.slowfood.com.
É uma contraposição ao espírito do "Fast Food" e o que ele representa como estilo de vida. É interessante notar que este movimento de Slow Food está servindo base para um movimento mais amplo chamado “Slow Attitude”. Na base de tudo está o questionamento da pressa e da loucura geradas pela globalização, pelo desejo de quantidade em contraponto à qualidade.
A denominada "slow attitude" está chamando a atenção dos próprios americanos, escravos do "fast" (rápido) e do "do it now!" (faça já!). Portanto, esta atitude sem pressa não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa sim, trabalhar e fazer as coisas com mais qualidade, mais produtividade, com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos stress. Mínimo esforço e máxima eficiência.
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do prazer da vida em pequenas comunidades. Do "aqui" presente e concreto, em contraposição ao "mundial" indefinido e anônimo. Significa retomar os valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver, e até da espiritualidade e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercivo, mais alegre, mais leve, e portanto mais produtivo, onde todos realizam com prazer o que melhor sabem fazer.
Os antigos provérbios “devagar se vai ao longe" e “a pressa é inimiga da perfeição" merecem novamente atenção nestes tempos de loucura desenfreada. Não seria útil e desejável que as empresas começassem já a pensar em desenvolver programas sérios de “qualidade sem pressa" até para aumentarem a qualidade dos produtos e serviços, sem necessariamente perder a “qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher" há uma cena inesquecível na qual um homem cego (interpretado por Al Pacino) convida uma jovem para dançar e ela responde: "Não posso, o meu noivo deve estar chegando". O cego responde: “Num momento, vive-se uma vida.” E a leva para dançar um tango. Essa cena que dura apenas dois ou três minutos é o melhor momento do filme.
Muitos vivem correndo atrás do tempo, mas só o alcançam quando morrem. Quer seja de enfarte ou num acidente na autoestrada, pela pressa de chegar a tempo. Ou outros que, tão ansiosos para viverem o futuro, esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que realmente existe.
O tempo é o mesmo para todos, ninguém tem nem mais nem menos de 24 horas por dia. A diferença está no que cada um faz do seu tempo. Temos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, “A vida é aquilo que acontece enquanto planejamos o futuro".
Sejamos felizes!
(Slow Food no Brasil - www.slowfoodbrasil.com)
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13 comentários:
Como sempre estou de acordo com suas palavras. Sou adepta do movimento slow food.
E dentro desse movimento não podemos esquecer o dar tempo à natureza para nos alimentar. Dar preferência aos produtos organicos que crescem ao seu ritmo, dentro do ritmo do ecossistema, do planeta, do cosmos.
Falei timidamente sobre isso aqui:
Slow Food - Espinafres da Horta de Varanda
Abraço.
Rute
Oi Marcelo!
Sou adepta do Slow Food, claro q não é só comida, como vc explicitou no texto. Lembrei de uma frase qdo terminei de ler, e resolvi compartilhar c vc, e acho q encaixa no contexto:
"Nós, os homens, somos muito complicados! Perdemos a saúde para juntar dinheiro, e depois perdemos todo o dinheiro para recuperar a saúde. Pensamos ansiosamente no futuro, que acabamos por não viver nem o futuro, e nem o presente! Vivemos como se nunca fossemos morrer e acabamos morrendo como se nunca tivéssemos vivido..." Dalai Lama.
Boa tarde!
Bjus
Ju
Aqui nós estamos mais uma vez de completo acôrdo Marcelo. Pratico o slowlife...tudo eu faço no agora, presente, completamente concentrada e com muita calma...É um exercício e tanto para quem nem sequer respirava direito de tão ansiosa e com pressa que vivia. A vida vivida a pleno, saboreando cada instante sagrado.
Vou colocar em destaque no Navegante. Adorei igualmente os comentários anteriores.
Beijo grande
Astrid Annabelle
*Aliás o último post do Navegante você irá adorar com toda a certeza..mandala em 3D...^.^
para que correr, correr e fazer...
é preciso uma grande conscientização pra mudança de atitude, leva tempo, mas um dia se aprende! bj querido!
*Marcelo, tenho 51 anos de idade
e sempre tive como lema algumas
frases e uma delas foi a que você
citou aqui : "Devagar e
Sempre" !!!
*Marcelo, vou ver o site que
você menciona neste post sobre
a comida como fonte de prazer e
motivo de CONVIVÊNCIA com a
família e por aí vai !!!
*Ótima quarta-feira !!!
*Fiques com Deus.
*Um abraço.
Rute: grato pelo comentário, vou lá conferir seu artigo. Qualidade de vida acima de tudo!!!
Grande bjo
Juliana: Esse texto do Dalai Lama se encaixa perfeitamente!!! É tudo uma questão de consciência e de sabedoria.
Grato, querida!!!
bjo
Astrid querida: tenho procurado cada vez mais viver assim. Tb era muito ansioso... agora percebo que não é preciso correr, faz tempo que não me queixo da falta de tempo.
Acho q tô aprendendo!!! hehehe
bjos querida
(Fui lá te visitar e amei a mandala e 3D!!!!)
Shan-tinha:
Sim, querida!!! Como acabei de dizer pra Astrid, aos poucos a gente aprende. Falta de tempo é falta de conexão com o momento presente.
bjossssssss
Edmeía: sempre gentil e carinhosa!!!! Visite sim, creio que vai gostar. Correr pra quê, né? Xô stress!!! rsrsrsrsrs
bjosssssss
tuudo de bom esse movimento né , adoorei, vamos viver com calma e qualidade , aproveitando o máximo entãao!
Tão lindo o que escrevestes... tive que publicar no meu Facebook!!! "Me vi" neste texto, porque, desde pequena tenho muita dificuldade em me adaptar a esse modo "fast" de viver... Nunca consegui me enquadrar nos padrões de trabalho convencionais, e quando me via presa a um ambiente de trabalho, onde nada fazia sentido pra mim, longe da natureza e da família, durante uma jornada de 8 horas, sentia-me sufocada, e tinha a sensação de que iria "abrir" todas aquelas paredes e sair para a rua, sentir o sol na pele, o vento no rosto... Apenas agora, com 34 anos, é que estou me encontrando de verdade e descobrindo uma forma de estar no mundo atendendo às exigências do modo "fast", sem deixar de vivenciar o meu modo slow...
Mais uma vez parabéns pelo post!!!! Abração!!!!!!!
Muito lindo Marcelo!Amei!
Linda noite e continue assim sempre tão interessado no bem maior!!!Bjus
Liny Miller
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