Foto daqui
Fim da tarde de dezembro na avenida Paulista.
Horário de verão e óculos escuros.
Horário de verão e óculos escuros.
Vou a uma gráfica buscar ampliações de mandalas encomendadas
e depois a um encontro marcado com um amigo bem em frente ao Conjunto Nacional.
Caminho bom de se fazer, que bom que tenho pernas pra andar.
Por que sempre me sinto tão feliz ao caminhar por essa rua?
Sinto-me dono do nariz e do chão que eu piso,
sei que no momento não poderia estar em lugar melhor.
Em frente ao prédio da FIESP uma banda paramentada de azul marinho
a executar canções de natal.
Sou uma criança que sorri e canta Noite Feliz
acompanhada de trompetes, bumbo, tuba e trombone.
Bombeiros socorrem uma mulher caída no chão, exposta em sua fragilidade.
Pessoas olham, olhares periféricos, depois seguem seu destino.
Cada um com seu propósito, tentando ser feliz à sua maneira.
As pessoas estão vivas.
Milagrosamente vivas.
Insistem no preto, branco e cinza
enquanto apenas alguns mais ousados arriscam cores e sorrisos.
A discrepância de enfeites de neve em pleno calor de trinta e poucos graus.
Procuro não julgar, apenas observar.
Lembro-me de uma frase do Osho:
"aceite tudo como algo bom e uma profunda mudança ocorrerá."
Em frente ao Center 3 casais demonstram danças de salão.
Desenvoltura, malemolência e romantismo instantâneo.
Por que não dançar ali mesmo?
Mais adiante um jovem magricelo imita Michael Jackson.
Boa imitação com toques de brasilidade.
Americanóides brasiliensis.
Chego ao Conjunto Nacional, exposição das belas gravuras de Carlos Scliar.
Da reflexão à criação, eles dizem.
Da inspiração que vem das nuvens à formatação que desce ao chão, eu digo.
O admirável dom de sintetizar as formas e as cores modernas da década de 40.
Encontro meu amigo num abraço caloroso
vamos para um happy hour, nós merecemos.
(Merecemos happy minutes, happy seconds também.)
Vamos molhar as palavras com cerveja na rua Frei Caneca,
o papo flui deliciosamente com o fim da retrogradação de Mercúrio.
Ou será pela cerveja?
Ou pela sintonia de ideias?
Mercúrio que me perdoe a traição, mas o papo flui netunianamente.
Fato: nada acontece por acaso.
Uma menininha pequinininha sozinha tadinha
vende bolas que brilham com o atrito.
Tudo o que brilha e reluz me fascina.
Compro uma bola, dentro dela um golfinho,
símbolo xamânico da comunicação, da alegria, da telepatia
e da ligação com os outros mundos.
Há, sim, poesia em tudo.
Basta abrir os olhos e ver.
Estou aqui quietinha, preparando-me para dormir. Tudo tão calmo. Dou as mãos a vc, vamos caminhando... nossa, amigo , amei tudo tudo que gostou, não da falta de cores, nem vi as pessoas .Só suas observações iam me conduzindo.
ResponderExcluirEu concordo!
Tudo tão bonito porque vc estava lá.
Que linda fica está cidadezinha quando está meu amigo a caminhar.
Obrigada pelo palácio cultural por Sampa.
A M E I!!!
Lindo lindo lindo
Beijos no seu coração ,
ele é o poeta.
Em você mora a poesia.
A poesia está no ar só falta alguém captá-la... Seu texto me lembrou uma História em Quadrinho que fiz em parceria com um amigo "Inferno Interior" Esta postada lá no Baú... Esse post resume tudo o que sempre tento passar para as pessoas curti muito um abraçoe tudo de bom!
ResponderExcluirooiee marcelo querido!!
ResponderExcluireu adoreei sua poesia, que lindo, lindo, lindo!
naveguei em cada palavra dessa poesia, adorei mesmo! a poesia celestial habita em teus olhos, em você, no seu coração!
beeijos!
de : Vanessa (:
Izabel, querida: de poeta pra poeta. Sei que me entende, pq sua alma tb está repleta de poesia.
ResponderExcluirFico tão feliz com seus comentários, amiga!!!!! Gratíssimo, vc me inspira a continuar.
bjossss nos seu cuore
Veloso: eu adoro seu blog e suas tirinhas. Grato pelas palavras gentis, estamos em sintonia.
ResponderExcluirValeu!!!
abraço
Vanessa: que fofa! valeu, querida, fico muito feliz em saber.
ResponderExcluirGrande bjo
Oi Marcelo! adorei o seu passeio...moro fora e AMO Sampa, com todos os contrastes e todas as etnias..andei com você..foi possível perceber cada lugar que você mencionou..obrigada!Gostei muito do seu blog e também da sua meia cara :)) Abraço
ResponderExcluirSim... há sim... quem tem olhos que veja...
ResponderExcluircomo são lindos os seus olhos Marcelo...
olhos de serpente renovadora...
LINDA VERDADE...
"as pessoas estão vivas!"
Estamos vivos!
Vou guardar comigo e no coração esta tua poesia.
Senhor, da-me a graça de ter os olhos de um poeta menino!
Sua descrição foi tão perfeita que me
ResponderExcluirsenti como se estivéssemos caminhando lado a lado.
Você foi perfeito!o seu modo de vêr as coisas em detalhes, foi maravilhoso..
Adorei!
Eu...zinha
conversasreflexoesedesabafos.blogspot.com
Sua poesia me fez caminhar com vc, parece que eu estava lá
ResponderExcluirAmo São Paulo!
ResponderExcluirE confesso que me sinto como você quando caminho pela Paulista... mas jamais conseguiria me expressar com você!
Beijo imenso!
Li
Lille: muito prazer, querida!!! Fico feliz que gostou e agradeço. Fui lá te visitar e gostei do seu espaço tb. Seja sempre bem vinda.
ResponderExcluirbjossssssss
Querido William: que lindas palavras!!! Falamos a mesma língua, meu amigo. E faço minhas as suas palavras: "Senhor, da-me a graça de ter os olhos de um poeta menino!"
ResponderExcluirCada vez mais!!!!
amei isso...
bjo
Euzinho: se vc gostou é pq estamos em sintonia!!!! Grato pelo carinho, querida!!!
ResponderExcluirbjosssss
Li: a Av. Paulista é mesmo inspiradora. Vc consegue sim, é só deixar fluir!!! :)
ResponderExcluirbjosssss
Também caminhei ao seu lado...sentimento intenso de pura magia!
ResponderExcluirAmei.
Beijos
Astrid Annabelle
Astrid: É isso mesmo, amiga. Magia, poesia e inspiração estão ligados... são assuntos de Netuno.
ResponderExcluirAgradeço sempre, todo o carinho que deixa aqui!!!
grande bjo