Olá amigos!
Esta é uma ária bastante conhecida e uma de minhas preferidas. Fala da descoberta da paixão por um adolescente que ainda não conhece esse sentimento. Simplesmente divina!
Era prática comum que adolescentes fossem interpretados por mulheres. Na verdade, cantores líricos homens adolescentes não existem, devido as transformações na voz dessa idade que fazem com que ela se torne impraticável.
Compartilho aqui a interpretação de Christine Schäfer no Salzburger Festspiele 2006. Desligue o som do blog na barra lateral direita para assistir ao vídeo. Neste clima operístico, desejo a vocês um lindo fim de semana. Sejamos felizes!!!
Voi che sapete che cosa e amor,
Donne, vedete s’io l’ho nel cor.
Quello ch’io provo vi ridiro,
E per me nuovo, capir nol so.
Sento un affetto, pien di desir,
Ch’ora e diletto, ch’ora e martir.
Gelo e poi sento l’alma avvampar,
E in un momento torno a gelar.
Ricerco un bene fuori di me,
Sospiro e gemo senza voler,
Palpito e tremo senza saper,
Non trovo pace notte ne di,
Ma pur mi piace languir cosi.
Donne, vedete s’io l’ho nel cor.
Tradução:
Senhoras, vós que sabeis o que é o amor,
dizei-me se eu o tenho no coração.
Aquilo que sinto, digo-vos,
é novo para mim, não sei compreendê-lo.
É um sentimento cheio de desejo,
que ora é prazer, ora é martírio;
gelo e depois sinto que a alma está a arder,
e num momento, volto a gelar.
Procuro um bem fora de mim,
não sei quem o tem, não sei o que é.
Suspiro e gemo sem querer,
palpito e tremo sem saber,
não tenho paz nem de noite nem de dia, e,
no entanto, gosto de assim padecer.
Senhoras, veja se eu tenho isso no meu coração.
4 comentários:
Eu também gosto muito dessa ária, um verdadeiro hino à descoberta do amor na juventude.Depois de A Flauta Mágica, a ópera do Mozart mais encantadora com certeza é As Bodas de Fígaro.
Parabéns pela diversidade de assuntos tão fascinantes em seu blog.
Rodrigo!!!! Que bom que gostou, fiquei feliz com seu comentário. ou completamente apaixonado pela música de Mozart. Definitivamente ele não era desse mundo.
Agradeço a gentileza, seja sempre bem vindo!!!
abraço
Também gosto muito dessa ária do Mozart. Depois de A Flauta Mágica, As Bodas de Fígaro é a ópera daquele grande gênio que eu mais aprecio. Tem algo de angelical nas composições dele, uma certa lembrança de que no fundo somos todos eternas crianças, como ele foi.
Parabéns pelo seu blog e pelas belas criações digitais, que são aliás, muito inspiradoras.
Adoro essa ária, gostei muito de ver a tradução.
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