Todos os povos do planeta tem suas formas peculiares de se relacionar com o Sagrado, com as realidades divinas. Todas as religiões ou manifestações místicas devem ser igualmente respeitadas, tendo a garantia de liberdade de expressão.
O grande paradoxo é que, embora as religiões devam ser motivo de concórdia e união entre os povos, o que se observa na prática é que tem servido para separar indivíduos e nações.
Acreditamos que seja possível criar integração e harmonia entre todas as religiões, basta ressaltarmos os pontos que todas as doutrinas tem em comum para promover a união, e não nos basearmos nas diferenças para fazer separações. Sabemos que todas as religiões pregam a Fraternidade, a Caridade, o Amor, a Sabedoria, a Humildade, entre outros elevados propósitos. Precisamos apenas vivê-los e compartilhá-los.
Acreditamos também que todo indivíduo deve pensar sobre o Sagrado, sobre as realidades intangíveis, sobre o Eterno, que não teve início e não terá fim. Não podemos ter medo ou vergonha de buscar colocar nossa forma de ver essas questões em nosso cotidiano. A sociedade atual quer passar uma forma falsa de que a realidade, o progresso e a ciência sejam, necessariamente, ateístas e desvinculados do espírito. Que toda religião seja tolice ou fantasia gerada pela ignorância dos fenômenos naturais.
O conceito da Divindade, com pequenas variações de visão, é inato a todo ser humano. Este fator deve ser considerado por todo aquele que deseja encontrar a Paz. Mais que isso, deve o homem procurar, segundo suas tendências e afinidades, o sistema que melhor lhe proporcione este relacionamento saudável com o Sagrado, com o abstrato. Procurar tornar cada instante da sua vida igualmente sagrado e devotado aos princípios que acredita.
(do livro UMBANDA – A PROTO-SINTESE CÓSMICA de F. Rivas Neto, Ed. Pensamento)
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