Você já observou elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas antes de entrar em cena permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. Ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.
Por que o elefante não foge? Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está amestrado, foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso. Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. Apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. O elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo. Aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Jamais voltou a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas: que não podemos ter, que não podemos ser, que não vamos conseguir. Simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos nãos que a “corrente da estaca” ficou gravada na memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o “sempre foi assim”.
De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: “não posso”, “é muita areia pro meu caminhãozinho”, “nunca poderei”, “é muito grande para mim”.
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração, criar conscientemente novos decretos e não ter receio de arrebentar as correntes. Os únicos limites que temos são os que acreditamos que temos!
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